História da APSL
A APSL nasceu da iniciativa dum conjunto de sócios da Associação Portuguesa de Criadores de Raças Selectas, que tinha criado o Livro Genealógico em 1967, por entenderem que a raça precisava duma associação que se lhe dedicasse em regime de exclusividade. A institucionalização oficial do Stud-Book da Raça Lusitana foi um passo decisivo, ao condicionar a admissão de reprodutores, dando origem a um generalizado e criterioso trabalho de seleção.
Fundada em 1989 foi-lhe concessionada pelo Estado Português, Ministério da Agricultura, a gestão do Stud-Book da Raça Lusitana que é único e funciona em Portugal, país berço da raça, para todo o mundo.
A APSL tem por finalidade a defesa e promoção da raça equina Puro Sangue Lusitano, mantem o Livro Genealógico (Stud-book) da Raça Lusitana, tem por fim assegurar a pureza étnica e concorrer para o aperfeiçoamento zootécnico e sanitário da raça, aprovando os seus reprodutores.
Em 1995 foi-lhe reconhecido o Estatuto de Entidade de Utilidade Pública pelo desempenho destas funções.
As Funções
A APSL conta com cerca de 400 sócios efetivos, englobando também outros criadores que não são sócios e que beneficiam também das seguintes funções associativas.
- Realização dos registos no Livro de Nascimentos (de animais nascidos em Portugal e no resto do mundo);
- Realização de Mudanças de Propriedade (de Portugal e do resto do mundo);
- Admissão ao Livro de Reprodutores (em Portugal e no resto do mundo);
- Emissão do Documento de Identificação de Equinos (D.I.E. ou Livro Azul, de animais em Portugal e no resto do mundo);
- Dinamização e apoio de iniciativas que promovam a utilização do Cavalo Lusitano nas diferentes disciplinas: Ensino, Equitação de Trabalho, Atrelagem;
- Realização do Festival Internacional do Cavalo Lusitano, evento anual que é a mostra do nosso cavalo para o Mundo;
- Participação em eventos nacionais e internacionais para divulgação;
- Cooperação e colaboração com as Entidades oficiais relacionadas com o sector.
Os objectivos desportivos e de selecção
A manutenção e melhoria do efetivo da raça resultou da evolução do nosso cavalo que teve origem na utilização guerreira e agrícola, para através duma seleção para o toureio, chegar ao reconhecimento no lazer e no desporto.
Adaptar o nosso cavalo ao momento atual e aos desafios do futuro, sem descurar as suas origens constitui o objetivo principal da seleção.
Este objectivo, no respeito de características ancestrais que devem ser preservadas, são prosseguidos através do Plano de Melhoramento da raça.
A qualidade geral da produção tem aumentado substancialmente contribuindo para o seu progresso e assegurando a sua variabilidade genética. No séc. XXI, o Puro Sangue Lusitano continua a ser o cavalo por excelência para a Arte Equestre transmitindo um enorme prazer a quem o monta.
A polivalência do cavalo Lusitano permite que se adapte a todas as atuais disciplinas equestres da FEI.
A aposta na selecção para a disciplina olímpica de Ensino tem sido coroada de sucesso que se mede bem no 6º lugar ocupado actualmente no ranking de raças da World Breeder Federation of Sport Horses (WBSH) e na vitória em dois Campeonatos do Mundo de Atrelagem.
O desenvolvimento da Equitação de Trabalho foi outra aposta ganha com o crescimento da modalidade para mais de 20 países e 25 títulos ganhos (individual e colectivamente) nos Campeonatos da Europa e do Mundo nos últimos 20 anos.
A Expansão Internacional
Com grande dinamismo comercial alargou-se a imagem e a presença do Lusitano a cerca de 25 países, em que 20 criaram associações nacionais que asseguram o funcionamento dos seus registos bem como a respetiva centralização na APSL em Portugal:
- Africa do Sul e Namíbia
- Alemanha
- Austrália
- Bélgica
- Brasil
- Colômbia
- Dinamarca
- Equador
- Espanha
- EUA
- Finlândia
- França
- Grã-Bretanha
- Holanda
- Itália
- México
- Noruega
- República Checa
- Suécia
- Suíça
Para além destes países nascem animais da Raça Lusitana em quase todo o mundo - Argentina, Áustria, Canadá, Rússia, Tailândia, China, entre outros, e a APSL, com viagens frequentes, acompanha o registo desses efectivos.
No momento atual cerca de 50% do efetivo da raça está fora de Portugal.
A presença cultural
Importa sublinhar o papel cultural do nosso cavalo enquanto embaixador do nosso País e da cultura e tradições que lhe estão associadas.
Neste trabalho, destaca-se a colaboração com as Embaixadas de Portugal.